TRÊS OLHARES BAKHTINIANOS: O CINEMA BRASILEIRO GROTESCO-CARNAVALIZADO

Autores

Palavras-chave:

Bakhtin, Carnavalização, Cinema brasileiro, Grotesco

Resumo

O presente trabalho propõe uma reflexão acerca do cinema brasileiro contemporâneo sob o prisma do repertório teórico do russo Mikhail Bakhtin focando em dois conceitos-chave:  a carnavalização e o grotesco.  A partir de uma releitura do universo de Bakhtin, aproximamos esses dois conceitos na formulação do grotesco-carnavalizado para, em seguida, experimentar sua aplicabilidade no cinema brasileiro, notadamente em três filmes: A Marvada Carne, de André Klotzel, Carlota Joaquina, princesa do Brasil, de Carla Camurati, e Amélia, de Ana Carolina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Silva Guerreiro, Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro / SEEDUC-RJ

Doutor em Comunicação pelo PPGCOM da Universidade Federal Fluminense. Mestre em Comunicação pelo PPGCOM-UFF. Bacharel e Licenciado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Bacharel em Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Professor Docente I na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Produtor executivo no CINEDUC - CINEMA E EDUCAÇÃO, tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Cinema. Produtor, diretor e roteiristas de obras audiovisuais. Produtor e Curador de Mostras e Festivais. Coordenou a produção da “Mostra Cinema e Direitos Humanos” (8ª e 9ª edições) e do projeto “Inventar com a Diferença” (de 2014 a 2018), realizados pela UFF, SDH e MinC. 

Referências

ALMEIDA, J. Marvada carne: uma comédia caipira. In: SOARES, M.; FERREIRA, J. A História vai ao cinema: vinte filmes comentados por historiadores. Rio de Janeiro: Record, 2001.

BAKHTIN, M. Problemas da Poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

________________. A Cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC; Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1993.

BARROS, D. Dialogismo, Polifonia e Enunciação. In: BARROS, D.; FIORIN, J. (orgs.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade: em torno de Bakhtin. São Paulo: EDUSP, 2003.

CAÑIZAL, E. Breves anotações sobre a carnavalização e alguns de seus disfarces em dois filmes latino-americanos: Como água para chocolate e Carlota Joaquina. Significação. n° 24. SP: Anna Blume Ed., 2005.

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. v.4. Lisboa: Editorial Verbo, 1966.

FAVERO, L. Paródia e Dialogismo. In: BARROS, D.; FIORIN, J. (orgs.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade: em torno de Bakhtin. São Paulo: EDUSP, 2003.

HUGO, V. Do Grotesco ao Sublime. Tradução do “Prefácio de Cromwell”. São Paulo: Editora Perspectiva, 1988.

JOHNSON, R. Carnivalesque Celebration in Xica da Silva. In: JOHNSON, R.; STAM, R. (orgs). Brasilian Cinema. Nova Iorque: Columbia University Press, 1995.

KAYSER, W. O Grotesco. São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.

LABAKI, A. A (re)descoberta do (cine)Brasil. Revista Teoria e Debate, nº 31 - abril/maio/junho de 1996. Disponível em https://teoriaedebate.org.br/1996/04/02/a-redescoberta-do-cinebrasil/ Acesso em 10/10/2018.

MOTT, L. Escravidão, Homossexualidade e Demonologia. São Paulo: Ícone, 1988.

NAGIB, L. O cinema da retomada: depoimentos de 90 cineastas dos anos 90. São Paulo: Ed. 34, 2002.

SODRÉ, M.; PAIVA, R. O Império do Grotesco. Rio de Janeiro: Mauad, 2002.

STAM, R. Bakhtin: da teoria literária à cultura de massa. São Paulo: Ática, 1992.

VAINFAS, R. Carlota: caricatura da História. In: SOARES, M.; FERREIRA, J. A História vai ao cinema: vinte filmes comentados por historiadores. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Downloads

Publicado

2021-01-28

Como Citar

GUERREIRO, A. S. TRÊS OLHARES BAKHTINIANOS: O CINEMA BRASILEIRO GROTESCO-CARNAVALIZADO. Revista GEMInIS, [S. l.], v. 11, n. 3, p. 211–232, 2021. Disponível em: https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/395. Acesso em: 18 abr. 2024.