MODOS DE REPRESENTAÇÃO DO HIV/ AIDS NO DOCUMENTÁRIO QUEER NOS ESTADOS UNIDOS (1980/1990)

Autores

Palavras-chave:

Documentário Queer, HIV/AIDS e documentário, Documentário Estadunidense

Resumo

O presente trabalho pretende investigar as formas de representação do HIV/AIDS no documentário queer nos Estados Unidos, país que já vinha de um período de forte mobilização política quanto aos direitos de grupos identitários, o que gerou uma produção documental específica, com início na década de 1970, alinhada com os ideais militantes da “liberação gay”. No contexto de avanço, disseminação e mortes pelo HIV/AIDS, surge, no cinema, o New Queer Cinema, movimento cinematográfico constituído por diretores e diretoras LGBTQIA+ que almejam também oferecer respostas e promover debate em relação à crise sanitária, por meio de filmes que desafiavam regras estéticas e tinham forte teor político. Essa pesquisa centra-se em documentários queer, aglutinando os filmes em torno de três grandes categorias: “videoativismo”, “HIV/AIDS como identidade” e “HIV/AIDS como transbordamento político da subjetividade”.

 

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Biografia do Autor

Gilberto Alexandre Sobrinho, Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

Professor e realizador vinculado ao Instituto de Artes da UNICAMP. Fez os estudos de graduação e mestrado em Letras na UNESP e o doutorado em Multimeios na UNICAMP. Professor no curso de graduação em midialogia e nos programas de pós-graduação em Mutimeios e Artes Visuais. Atualmente realiza pesquisa sobre a obra artística e o pensamento de Abdias Nascimento. Dirigiu e produziu os documentários Diários de Exus (2015), A Dança da Amizade, Histórias de Urucungos, Puítas e Quijengues (2016), Um pouco de tudo, talvez (2018) e A mulher da Casa do Arco-Íris (2018). Junto à TV Unicamp, realizou a série AMÉFRICA.TV, série de entrevistas sobre arte e cultura negra e ameríndia. Publicou os livros O Autor Multiplicado: um estudo sobre os filmes de Peter Greenaway (Alameda), organizou Cinemas em Redes: tecnologia, estética e política na era digital (Papirus) e co-organizou os livros Televisão: formas audiovisuais de ficção e documentário, volumos II e III (SOCINE).

Caio Curtolo, UNICAMP

28 anos, graduado em Comunicação Social – Midialogia, UNICAMP. Suas principais áreas de interesse são pesquisas em cinema, cinema documental, novas mídias e suas intersecções com os chamados movimentos identitários. Possui duas iniciações científicas em que investiga o documentário queer nos Estados Unidos, das suas bases ao seu engajamento político durante a crise de HIV/AIDS no país.

Referências

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Publicado

2021-01-28

Como Citar

ALEXANDRE SOBRINHO, G.; CURTOLO, C. MODOS DE REPRESENTAÇÃO DO HIV/ AIDS NO DOCUMENTÁRIO QUEER NOS ESTADOS UNIDOS (1980/1990). Revista GEMInIS, [S. l.], v. 11, n. 3, p. 4–30, 2021. Disponível em: https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/568. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Redes de Comunicação e Narrativas em Saúde

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