CONVIVÊNCIA VIRTUAL:
A ARTE DE TECER REDES COM O TRABALHO AFETIVO ANTIMANICOMIAL
Palavras-chave:
convivência, isolamento social, comunicaçãoResumo
Este artigo visa compartilhar a experiência de trabalho do Centro de Convivência e Cultura da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, problematizando o conceito de trabalho afetivo antimanicomial, antes e durante a pandemia de Covid-19. Apresenta-se uma pesquisa com os trabalhadores destes serviços sobre a atividade de convivência e como se opera a dimensão afetiva, usando o método da oficina de fotos. Narra-se a construção de oficinas virtuais, decorrentes do contexto pandêmico, que inventaram outros modos de fortalecer redes de afeto e reduzir os danos do isolamento social através de tecnologias de informação e comunicação.
Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BASAGLIA, F. O circuito do controle: do manicômio à descentralização psiquiátrica. Comunicação ao III Encontro da Rede Internacional de Alternativa à Psiquiatria, Trieste, 1977. In: AMARANTE, P. (Org.). Escritos selecionados em saúde mental e reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 3.088, de 23 dezembro de 2011. Republicada em 21 de maio de 2013c. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
CASTIEL, L. D. Promoção de saúde e sensibilidade epistemológica da categoria comunidade. Revista de Saúde Pública, v. 38, n. 5, p. 615-622, 2004.
CLOT, Y. Trabalho e poder de agir. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.
FERIGATO, S. Cartografia dos Centros de Convivência de Campinas: produzindo redes de encontros, 2013. 320 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.
GALLETTI, M. C. Qual o lugar dos Centros de Convivência na rede substitutiva? Centros de Convivência e Cooperativa, Cadernos Temáticos, CRP-SP, São Paulo, 2015.
HARDT, M. Trabalho afetivo. Cadernos de Subjetividade, PUC-SP, n. 11, p.142-157, 2003.
LANCETTI, A. Clínica peripatética. São Paulo: Hucitec, 2008. RDT, M.
LÉVY, P. O que é virtual? Trad. Paulo Neves. São Paulo, Ed. 34, 1996.
OSORIO DA SILVA, C.; RAMMINGER, T. O trabalho como operador de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 12, p. 4751-4758, 2014.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; TEDESCO, S. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano do comum. v. 2. Porto Alegre: Sulina, 2014.
PELBART, P. Manicômio mental: a outra face da clausura. In: GUATTARI, F. et al. Saúde e loucura 2. São Paulo: Hucitec, 1991. p. 131-138.
PELBART, P. Nau do Tempo Rei: ensaios sobre o tempo da loucura. Rio de Janeiro: Imago, 1993.
SPINOZA, B. Ética. Tradução Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.
VENTURINI, E. A linha curva: o espaço e o tempo da desinstitucionalização. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.