ATUAÇÃO NO AUDIOVISUAL COM LÍNGUAS GESTO-VISUAIS:

EXPERIÊNCIAS DE PORTUGAL E BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53450/2179-1465.RG.2021v12i3p33-53

Palavras-chave:

cultura surda, tradução audiovisual, intérprete de llíngua gestual/ de sinais.

Resumo

A tecnologia mudou substancialmente a maneira como interagimos com os media e com a tradução e interpretação da língua gestual/de sinais. A implementação dos recursos de acessibilidade audiovisual, que tem como princípio básico o acesso à informação, além de uma prática prevista por lei, impõe-nos refletir sobre a inclusão da tradução e ou intepretação em materiais audiovisuais e quais as possibilidades tradutórias que podem ser implementadas, para garantir à pessoa surda a acessibilidade aos programas através da língua gestual/de sinais. Neste artigo objetiva-se apresentar a realidade em Portugal e no Brasil no que diz respeito à tradução audiovisual para a cultura surda.

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Biografia do Autor

Tiago Coimbra Nogueira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutorando e Mestre (2016) em Estudos da Tradução pelo Programa de Pós Graduação em Estudos da Tradução, PGET- na Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC Bacharel em Letras-LIBRAS pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2012). Professor Assistente do Departamento de Línguas Modernas do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua nas áreas de Tradução, Interpretação, no Bacharelado em Letras, habilitação em tradução e interpretação de Libras (Libras - Português- Português-Libras). É vice coordenador do grupo de pesquisa COM Acesso - Comunicação Acessível da UFRGS/CNPQ

Susana Barbosa, Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto

Doutora em Desenvolvimento e Perturbações da Linguagem, mestre em Educação Especial, licenciada e bacharel em Tradução e Interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Professora Adjunta e investigadora do InEd – Centro de Investigação e Inovação em Educação na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto (ESE do P.PORTO). Na prática literária, coordenou e é co-autora dos livros SER Intérprete de Língua Gestual Portuguesa (2015), Por Amor (2017) e Intérprete que sou (2019).  Oradora, organizadora e responsável de diversos eventos relacionados com a surdez, a língua gestual portuguesa e a profissão de intérprete, áreas nas quais conta com diversos trabalhos publicados, a nível nacional e internacional.  Em 2007, cofundadora da Associação de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, e cuja Direção preside desde abril de 2016.

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Publicado

2022-02-16

Como Citar

COIMBRA NOGUEIRA, T.; BARBOSA, S. ATUAÇÃO NO AUDIOVISUAL COM LÍNGUAS GESTO-VISUAIS:: EXPERIÊNCIAS DE PORTUGAL E BRASIL. Revista GEMInIS, [S. l.], v. 12, n. 3, p. 33–53, 2022. DOI: 10.53450/2179-1465.RG.2021v12i3p33-53. Disponível em: https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/688. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Acessibilidade Audiovisual: práticas de tradução e linguagem