Revista GEMInIS https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis <p>A <strong>Revista GEMInIS</strong> é uma publicação online, de periodicidade quadrimensal, voltada para a divulgação de artigos, resenhas de obras e trabalhos sobre o contexto da convergência midiática e da produção audiovisual em múltiplas plataformas transmidiaticas, realizados por pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som - GEMINIS da UFSCAR. A revista é aberta aos interessados de outras instituições e pesquisadores que queiram submeter seus trabalhos ao Conselho Editorial.</p> UFSCar pt-BR Revista GEMInIS 2179-1465 <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <p>a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_blank" rel="noopener">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> Editorial - Narrativas de IA: tendências da produção audiovisual - parte 1 https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/846 <p>À medida que a IA se torna cada vez mais integrada nas práticas de produção e narrativa, enfrentamos novos desafios e oportunidades que estão definindo o futuro da mídia. A ascensão da inteligência artificial no setor audiovisual não é apenas uma evolução técnica; é uma revolução nas próprias estruturas narrativas. As ferramentas de IA estão permitindo aos criadores explorar complexidades narrativas inéditas, onde a convergência de dados, algoritmos e criatividade humana podem resultar em formas de contar histórias profundamente personalizadas e imersivas. Mas quais seriam os limites da criatividade quando algoritmos podem aprender, adaptar e criar de maneiras como apenas os humanos faziam?</p> <p>As capacidades generativas da IA colocam em questão as próprias noções convencionais de autoria e criatividade, desafiando os limites tradicionais e suscitando debates sobre originalidade e ética na criação. A habilidade das máquinas em simular e criar conteúdos originais convida à reflexão sobre o futuro da autoria e o papel de criadores e criadoras no contexto digital contemporâneo.</p> <p>As inovações provocadas pela IA abrem novas possibilidades para a produção audiovisual, a personalização de conteúdo em tempo real e o desenvolvimento de experiências interativas onde o público pode influenciar ou mesmo co-criar narrativas. Além disso, sua utilização também traz implicações significativas no contexto de autenticidade e manipulação de emoções. O potencial para gerar conteúdos altamente envolventes e tecnicamente sofisticados coexiste com o risco de promover desinformação ou manipular percepções, uma preocupação amplificada pela emergência de “deepfakes” e outras tecnologias que podem produzir conteúdo falsificável indistinguível da realidade.</p> <p>Esta edição da Revista Geminis é dedicada à inteligência artificial e como ela está reformulando as fronteiras da criação e percepção no campo audiovisual, uma área marcada por rápidas transformações tecnológicas e mudanças culturais significativas. </p> João Carlos Massarolo André Fischer Copyright (c) 2024 Revista GEMInIS, João Carlos Massarolo, André Fischer http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 01 04 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p01-04 A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA E OS DESCONCERTOS NO CONTEXTO ARTÍSTICO https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/835 <p>Desde o início do ano de 2023, a emergência da Inteligência Artificial Generativa (IAG) de textos e imagens vem provocando a adesão surpreendente de milhões de usuários, acompanhada de uma produção de textos noticiosos e acadêmicos relativos aos seus impactos socioculturais, políticos e estéticos. Este artigo se situa no campo das discussões estéticas sobre obras cujos autores fazem uso da IAG e que são apresentadas em concursos, recebendo prêmios e, com isso, provocando efeitos discursivos controversos. Baseado na pesquisa de informações referentes aos casos mais importantes ocorridos em várias partes do mundo, o objetivo deste trabalho é analisar o conjunto desses acontecimentos para extrair deles conclusões situadas no pano de fundo e na continuidade de dois séculos de produções estéticas tecnológicas, desde o surgimento da fotografia.</p> Lucia Santaella Alexandre Braga Copyright (c) 2024 Lucia Santaella, Alexandre Braga http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 05 20 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p05-20 MACUNAÍMA, PAPAGAIO IA, RESOLVE CRIMES EM PRAGA https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/826 <p>O artigo apresenta o desenvolvimento e a análise de resultados do projeto Macunaíma, caso aplicado de IA utilizada para a criação de roteiros e de storyboards, que une narrativa, áudio e imagens geradas automaticamente. Tecnicamente, foram utilizados modelos de IA para geração de texto (<em>ChatGPT</em>) e imagem (<em>Stable Diffusion</em>), com uma interface web que permite a interação do usuário. As dimensões de Coesão Temporal da Narrativa, Coesão Cinematográfica da cena e Coesão Gráfica foram verificadas, assim como foi criado um protótipo de visualização de dados para identificar as narrativas geradas e direções de aprimoramentos da ferramenta. Apontamos o uso de visualização de dados como crucial na análise destes modelos complexos, em especial pela quantidade de informação envolvida.</p> <p>&nbsp;</p> Victor Schetinger Dafne Reis Pedroso da Silva Sara Di Bartolomeo Edirlei Soares de Lima Christofer Meinecke Rudolf Rosa Copyright (c) 2024 Victor Schetinger, Dafne Reis Pedroso da Silva, Sara Di Bartolomeo, Edirlei Soares de Lima, Christofer Meinecke, Rudolf Rosa http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 21 37 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p21-37 IA E FOTOJORNALISMO https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/824 <p>Este texto foca nos desafios que a imagem produzida por Inteligência Artificial traz para o universo do Fotojornalismo. Trata-se de uma relação que se entrelaça a este tempo histórico, marcado pela circulação de imagens falsas. Estas têm provocado intenso debate público e mobilizado reações institucionais, sob o argumento de contribuírem para a corrosão da democracia. Corrosão que atinge, por outro viés, a credibilidade do fotojornalismo, sustentada, historicamente, por seu vínculo com o referente, algo que a IA rompe. Essa e ouras tensões são abordadas no artigo, estruturado em diálogo com pesquisadores e profissionais da imagem fotográfica. &nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Michele Pucarelli Denise Tavares Copyright (c) 2024 Michele Pucarelli, Denise Tavares http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 38 58 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p38-58 ROTEIROS COMO PROMPTS https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/817 <p>Este texto questiona como Plataformas de Inteligência Artificial Generativa (IAGs) podem colaborar com a pré-visualização de cenas, parte do processo de criação de uma obra audiovisual. Para isto, selecionamos uma cena do roteiro do filme Titanic (1997) como fonte dos comandos para a geração de imagens. Utilizamos uma metodologia exploratória, revisamos a literatura compilando conceitos básicos sobre Inteligência Artificial Generativa, testamos as plataformas <em>Stable Diffusion, Bing Image Creator </em>e<em> Genmo.AI</em> e comparamos as imagens geradas com os segmentos do filme original e discutimos suas aproximações e diferenças. Como resultados, destacamos que as ferramentas forneceram resultados consistentes com os segmentos de roteiro, embora nem sempre alinhadas com o que o filme apresentou, o que indica um processo de tomada de decisões pelas IAGs, o que as coloca como ferramentas relevantes para a pré-visualização de um roteiro, embora não abstraiam a presença humana na criação das cenas.</p> Taís de Barros Roberto Tietzmann Copyright (c) 2024 Taís de Barros, Roberto Tietzmann http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 59 86 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p59-86 AUDIOVISUAL E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/814 <div> <p>As f<span lang="LA">erramentas digitais com recursos baseados em análises de dados e inteligência artificial abrem perspectivas</span> de transformações<span lang="LA"> no </span>âmbito do<span lang="LA"> audiovisual.</span> Com o objetivo de refletir sobre experiências na utilização da inteligência artificial na produção de conteúdos audiovisuais o presente trabalho analisa projetos derivados, total ou parcialmente, da geração de textos autônomos, por meio de processamento de linguagem natural e recursos de visão computacional. No estágio das experiências analisadas observou-se limitações importantes no processo de<span lang="LA"> tratamento de dados não estruturados e identificação de padrões por ferramentas de análise de texto e imagem</span>. Com base na semiótica discursiva, o artigo aponta que embora a produção de sentido nesses conteúdos apresente lacunas não compromete o contrato de comunicação<span lang="LA">.</span></p> </div> Ana Silvia Lopes Davi Médola Vinicius Laureto de Oliveira Henrique da Silva Pereira Copyright (c) 2024 Ana Silvia Lopes Davi Médola, Vinicius Laureto de Oliveira, Henrique da Silva Pereira http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 87 104 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p87-104 AVALIANDO A INFLUÊNCIA ORGANIZACIONAL DIGITAL USANDO UM ROBÔ https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/795 <p>O artigo explora pesquisas realizadas nos âmbitos acadêmico e prático sobre influência digital.&nbsp;Descreve uma prova de conceito de um modelo de avaliação de influência digital, a partir da utilização da plataforma de inteligência artificial generativa ChatGPT. Usando técnicas de&nbsp;<em>prompt design&nbsp;</em>se construiu um índice com métricas relacionadas ao objetivo proposto automatizando uma parte da análise. Um estudo comparativo entre as métricas sugeridas pelo robô e construtos teóricos reconhecidos na área, indicou possibilidade de integração entre metodologia tradicional e abordagem apresentada. O experimento identificou ganhos de produtividade e capacidade de lidar com volume de dados, ressaltando que a revisão humana segue fundamental.</p> Carolina Terra Márcio Carneiro dos Santos Gisela Maria Santos Ferreira de Sousa Copyright (c) 2024 Carolina Terra, Márcio Carneiro dos Santos, Gisela Sousa http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 105 123 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p105-123 A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/808 <p class="resumo" style="margin: 0cm 0cm 5.0pt .3pt;"><span style="font-size: 11.0pt; background: white;">A tecnologia desperta uma questão que parece sempre justificar a sua continuidade dadas as possibilidades de seu uso na programação discursiva de sua necessidade, desde sua origem nas narrativas de ficção até os últimos lançamentos da indústria de aplicativos e <em>softwares</em>, passando pela robótica industrial e automação de serviços. Sem definirmos uma opinião, o presente artigo pretende apenas evidenciar a questão: ao rever autores da comunicação e da sociologia, o campo da produção audiovisual também vive esse dilema, que permanece preso à mesma dialética de sempre: popularização da técnica ou a garantia de direitos para as elites do trabalho? </span></p> Davi Junqueira Marin Copyright (c) 2024 Davi Junqueira Marin http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 124 141 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p124-141 [RE]CRIANDO A MEMÓRIA AFETIVA PAISAGÍSTICA ATRAVÉS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/850 <p>O artigo propõe uma articulação no uso da inteligência artificial no campo da imagem em textos sobre memória e natureza. Utiliza uma atividade realizada por alunos na disciplina de paisagismo e jardinagem na pós-graduação em design de interiores, quando apresentaram um texto narrando uma experiência afetiva da infância em contato com a natureza, visando [re]construir a memória do passado em contexto influenciado pelo tempo contemporâneo. A partir desses textos, [re]criou-se a história da memória afetiva pela Inteligência Artificial – IA como imagem algorítmica associada aos acontecimentos. Referências teóricas derivadas de Adir Ubaldo Rech, Giselle Beiguelman, Jacques Rancière e Margaret Boden.</p> Daniel Jesus De Souza Prazeres Suzete Venturelli Copyright (c) 2024 Daniel Jesus De Souza Prazeres, Suzete Venturelli http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 142 159 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p142-159 WAYFINDER https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/812 <p>O desenvolvimento tecnológico acelerado está remodelando diversos aspectos da vida contemporânea, desafiando a sociedade a integrar o mundo físico e o digital. No campo do cinema e do audiovisual, as tecnologias digitais têm impulsionado a criação de formas cinemáticas diversas e interativas. Autores como Jeffrey Shaw destacam a interatividade digital como uma nova dimensão no processo criativo. A relação entre cinema e jogos digitais é evidente, com influências mútuas ao longo do tempo. O artigo analisa o <em>art game</em> <em>Wayfinder</em>, explorando como a inteligência artificial foi empregada em sua criação, conectando os conceitos de cinema digitalmente expandido e artemídia, e investiga seu potencial no campo da educação. <em>Wayfinder</em>, inspirado no <em>haikai</em> japonês, convida os jogadores a restaurar o equilíbrio da natureza, oferecendo uma experiência única e imersiva. Utilizando algoritmos generativos, inteligência artificial e mineração de dados, o jogo é uma ferramenta educativa envolvente, capaz de despertar reflexões sobre o meio ambiente através de poesia. Considerando o potencial transformador da ludicidade na educação, <em>Wayfinder</em> emerge como uma ferramenta pedagógica inovadora, promovendo uma aprendizagem significativa e interdisciplinar.</p> Maria Gabriela Capper Pedro Luis Alves de Souza Viana Copyright (c) 2024 Maria Gabriela Capper, Pedro Luis Alves de Souza Viana http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 160 172 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p160-172 IA E PRODUÇÃO ACADÊMICA https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/809 <p><span style="font-weight: 400;">Neste autoensaio, descrevo minha experiência, até agora, com ferramentas de inteligência artificial (IA) na produção acadêmica. Algumas aplicações de IA tem sido úteis para&nbsp; traduções e revisões de textos acadêmicos, além da geração de animações para video abstracts de divulgação científica. Já o ChatGPT, que uso para explorações iniciais sobre temas e para notas de rodapé, ainda apresenta limitações e inconsistências, necessitando revisões e ajustes até a redação final. A IA, embora se configure como recurso valioso para pesquisadores, não&nbsp; substitui a capacidade humana de estabelecer conexões entre o mundo real e a literatura. Portanto, encorajo uma abordagem equilibrada em seu uso na produção acadêmica.</span></p> Marta Machado Copyright (c) 2024 Marta Machado http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-04-22 2024-04-22 14 3 173 180 10.14244/2179-1465.RG.2023v14i3p173-180